quinta-feira, maio 13, 2010

Um dia...

o trabalho ainda me mata.
O pior é que eu sempre soube disto, ainda muito cedo era eu uma criança, avisei lá por casa que tinha outras aspirações, que não era assim muito talhada para trabalhar, que tinha mais jeito para andar por aí a conhecer o Mundo, nem que fosse de mochila às costas, porque o que eu queria realmente era não fazer nada, sonhava em aproveitar a vida, fazer amigos e ser Feliz!

Depois disto tive irremediavelmente de convencer a minha mãe que ninguém tinha-me dado nada a beber, e que não tinha novas companhias, daquelas que vão para as "boates" e têm probabilidades avassaladoras de se perderem na vida.
O meu pai por outro lado, com muita calma expressou claramente o seu pensamento cartesiano, com um carinhoso "Vais mas é tirar um curso e depois faz-te à vida!".
Aprendi que o destino, esse filho de uma grande égua, podia até ser feito por mim, mas que não me safava de ter de acordar cedo e ir fazer render o intelecto.
Hoje as consequências estão à vista, estou para aqui a definhar, com a garganta numa lástima, e quase sem nariz de tanto assoar as mucosidades.
O lenço passou a ser o meu melhor amigo, ao ponto de estarmos praticamente inseparáveis, ele apara-me as ranhocas ao longo do dia, dá-me conforto à noite, e já não sei viver sem ele...
Tudo por culpa do trabalho... Digamos que o ar condicionado e eu nunca fomos lá grandes amigos, e quando a isto se soma o sistema de refrigeração dos equipamentos com os quais trabalho, é asneira na certa!
Tenho uma p*** de uma dor de cabeça insuportável, e só me apetece dormir.
Vou ali enfiar uns Cê-gripes goela abaixo, a ver se isto passa...
Fui.

4 comentários:

zephirus disse...

Bem, desde já desejos de melhoras, não há nada pior do que estar com "o pingo" com este sol.

Em relação ao trabalho e às expectativas de criança, como eu te compreendo. Com esta idade pensava que a minha vida seria outra, não faço propriamente o que gostaria e não vejo melhoras. Como cereja em cima do bolo, ainda nos vêm roubar até numa simples carcaça! Enfim. Haja saúde e amigos e estaremos bem.

Carla Santos Alves disse...

bjs de melhoras!

Unknown disse...

Ai ó trabalho vai-te embora, vai lá e deixa-me em paz ...

Bebe uns copinhos que isso passa ;)

O poeta e o Guerreiro disse...

Cada vez penso mais nisso. Tanta arte para criar, tantos sonhos para inventar. E "nós", aqui nos nossos escritórios, salinhas, cubículos, catacumbas.
Um dia quebro e em vez de aparecer de machine-gun, a varrer as pessoas (LOL. Este foi mt extremista), desapareço como se tivesse ganho o Euromilhoes.
Ganbatte, para todos nós.