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Normalmente ele foge da escova como o diabo da cruz, a luta é sempre renhida entre mim e ele quando toca a enfiar-lhe a escova pelo focinho adentro, metade da pasta fica nos bigodes, a outra parte é normalmente partilhada com a minha t-shirt ou com a parede da casa de banho...
Assim que vê que vou buscar a escova, começa a fugir de mansinho pela casa afora e só pára debaixo da cama.
A escolha do esconderijo, por não ser muito original, acaba sempre por o denunciar em poucos segundos.
Depois de ser arrastado, ainda que com carinho para a casa de banho, começa então o meu calvário.
É nesta altura que não me importava de ter uns braços extras, e ser uma freak da natureza. Uma espécie de polvo-mulher capaz de imobilizar o bicho, segurar a escova, colocar a pasta, abrir-lhe a boca e finalmente escovar-lhe os dentes.
É sempre um 31 escovar os dentes ao cão, e é por estas e por outras que fiquei parva ao ver os Pugs do super Valentino ali sossegaditos, quando no documentário "Valentino The last emperor", filmaram um dos empregados de Valentino a escovar os dentes a um dos cães, e nem um grunhido se ouvia...
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