segunda-feira, maio 23, 2011

Um fim-de-semana


cultural, que começou com Maria, Cavakov e tudo o mais!, no Teatro Mário Viegas, em Lisboa.
Gostei da peça, mas confesso que não a achei tão divertida quanto a fantástica As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos.
Essa sim, via em 1997, e até hoje é uma das minha preferidas.
Tenho vontade de a rever, é uma comédia fenomenal, e que me fez chorar a rir. Adorei!
Na última sexta-feria fiquei com curiosidade em ir ver uma nova peça que também está em cena, e que é A Bíblia: Toda a Palavra de Deus , esta é capaz de estar na mesma frequência que as Obras em 97 minutos, pelo menos tenho essa esperança. Como uma amiga também está interessada em ir ver, conto brevemente voltar ao Mário Viegas. ;)


Depois sábado houve CCBeat, no CCB.
O cartaz contava com os Diabo na Cruz e Linda Martini.
Conhecia algumas músicas dos primeiros, e nenhuma dos segundos.
Os primeiros foram uma agradável surpresa, gostei das músicas, do som, do espectáculo, de tudo! Já os Linda Martini não são (definitivamente!) o meu som.
Fica aqui uma música dos Diabo na Cruz, "Bico de um Prego", muito bom!
Enjoy!




"Segui-te na estrada
Cantei-te para nada
Fiz montes e vales em busca de ti
Encontrei-me às portas da Morte
De tanto vergar, de tanto insistir
E, no mar, mil virgens à espera gritaram meu nome
Eu não respondi!

Sonhei que era cego
No bico de um prego
E quando acordei fui chorar escondido
Quem for Rei, virá num cruzeiro
Se eu quis ser rei foi para sê-lo contigo
Quando o Sol girar, e o Céu afundar
Ouvirás, finalmente, o que eu digo

Dei o teu retrato ao genro de um sapo
Herdei comprimidos para adormecer
Ah, e rezei à Santa Fortuna
À Deusa das Tréguas do meu querer
E a Verdade roubou um bote
De casco partido para ir morrer

A Jurisprudência
Leu-me a sentença:
Eu fora detido por parecer diferente
E morar na casca de um ovo
Sem ter cabido na cova de um dente
Quando eu quis falar ela pôs-se a andar
Tal o medo de ficar doente

Até que a Mãe-Feia
Me deu a ideia
De partir para a Guerra Santa do Sul
Ah, e talvez aí avistasse
Nalguma burka o teu olho azul
Só que o Vento ouviu no deserto
Que alguém andava perto e não eras tu

Perdido e cansado quis voltar a nado
Mas já ia longe a minha juventude
Fui deitar-me ao pé de um barraco
Adormeci num balde de crude
Quando o Sol nasceu Deus mostrou-se e eu
Defendi-me o melhor que pude"


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