Tinha 17 anos, e nas férias grandes fui para um campo de férias em Vila Nova de Milfontes, onde parte dos dias eram passados entre o espaço da colónia e a praia, e os restantes a acampar.
Durante aqueles dias estávamos longe dos pais, no meu caso nada de novo, visto que durante o ano já vivia no colégio, mas ao contrário do colégio, ali as regras eram outras, menos rígidas, mais actuais, para não falar que ali não tínhamos de estudar, e tínhamos licença para extravasar a energia própria da idade, porque estávamos de férias.

Os dias eram tão absorventes, que muitas vezes adormeci ainda de calças de ganga, completamente exausta.
Quando chegavam os dias de ir acampar, íamos nos jeeps até ao local do acampamento, e depois lá, numa espécie de jogo, divididos em equipas, tínhamos de montar as tendas o mais rapidamente possível e bem. A equipa vencedora tinha sempre um prémio, podia passar por uma sobremesa diferente, ou na maioria dos casos, mais bolas de paintball ;)

Éramos avisados da presença de lacraus, e de outros bicharocos oriundos daquele ecossistema, capazes de fazer mossa, caso não tivéssemos certos e determinados cuidados básicos, como olhar para os ténis antes de os calçar, sacudir a roupa, enfim o mínimo que se podia fazer para tentar prevenir aquilo que podia ser evitado.
Felizmente nunca vi por lá nenhuma Brownie, ou lacrau, foi sempre tudo muito pacífico.

A loiça era lavada no rio por nós, o mesmo rio onde depois tomávamos banho e dávamos mergulhos.

Eram dias muito bem passados, e as férias sabiam a férias.
Acampar é por tudo isto, algo que não me importo de fazer, gostei da experiência, e por isso não tenho receio de a repetir já neste próximo fim-de-semana. É certo que a parte de não poder tomar banho à séria, hoje faz-me uma certa confusão, mas como vão ser apenas dois dias, é uma leve recordação.
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