quinta-feira, fevereiro 05, 2009

A Garça

Hoje quando cheguei ao parque da empresa para ir buscar o meu carro tinha lá uma amiga destas pendurada no tejadilho.

Não costumo deixar o carro no parque ao ar livre mas hoje calhou.
Fiquei surpresa e sem saber muito bem o que fazer, é que não era um pardal, nem um pombo, era mesmo uma garça, um pássaro grande assim a puxar ao gigante...

Agora desde que vi aquele filme do Hitchcock “Os Pássaros” ganhei um certo respeito por todo o tipo de pássaros, piriquitos inclusivé.
Dei por mim num dilema, podia enxotar a garça mas podia correr mal e a possibilidade de levar umas boas bicadas no lombo era grande, já me estava a imaginar cega e inválida para toda a vida e a aparecer na TVI a contar o episódio da garça nas “Tardes da Júlia”.
Pensei também em entrar de mansinho dentro do carro e pô-lo em movimento, ao andar podia ser que a ave se tocasse e desse uso às asas, claro que nesta última hipótese havia ainda a possibilidade de ela não sair e desta forma teria de passar a cancela do segurança aqui da empresa com um pássaro gigante agarrado ao tejadilho, no mínino interessante ainda que embaraçoso, era capaz até de dar um certo toque fashion ao carro, mas lá no fundo era capaz de ser motivo de gozo.
Depois de equacionar as hipóteses pensei “bem vou espantá-la e pronto, se vier na minha direcção leva com a mala no bico “ (ora aqui está a explicação para os homens que me lêem... percebem agora o porquê e a importâcia de nós gajas carregarmos com malas grandes, é por esta e outras razões, nunca se sabe o dia em que chegamos e temos uma avestruz junto da viatura, ou neste caso uma garça branca e imponente).
Ganhei coragem e começei a abanar os braços rápidamente, mas nada... a bicha não mexeu nem uma pena, era mansa e notei até um certo olhar de desprezo da ave...
Foi então que me lembrei do que o senhor dos alarmes disse quando montou o alarme no meu carro “este botão menina é chamado o “botão de panico”, se tiver alguém encostado à sua viatura pode sempre usar este botão, o ruído é de tal maneira sonoro que a pessoa sente-se incomodada e vai-se embora
Xanãaaa a situação começava a assemelhar-se a uma situação de panico, vai daí e pela primeiríssima vez usei o dito botão. O som do alarme foi de tal maneira intenso que fez mesmo a garça levantar voo, e pronto lá foi ela magestosa à sua vidinha, e eu à minha sã e salva.

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