quinta-feira, janeiro 08, 2009

Experiências zen...


Já faz algum tempo em que tive A experiência zen da minha vida.
Essa foi em território nacional e num centro de massagens japonesas ali para os lados de Telheiras com banho ofurô e tudo. Recomendo vivamente!

Tenho alguma experiência no que toca a receber massagens, sou do melhor que há para receber massagens, contem sempre comigo, gosto mesmo muito de as receber, já consigo distinguir as boas das menos boas, ah e é verdade que normalmente não há como não gostar, é difícil estragar uma massagem mas é possível... um episódio que vou lembrar para sempre passou-se em 2007 na Tailândia.

A massagista era uma tailândesa de grande porte.
A tortura.. perdão a massagem durou cerca de 2 horas, foi feita num pequeníssimo colchão no chão, e foi em tudo sui generis.
Durante 2 horas a senhora falou e cantou, nunca houve uma nesga de silêncio.
Velas nem vê-las. Era mesmo uma luz de encandear um morcego vesgo.
A massagista era daquele tipo de pessoas que nunca se calam, e embora eu não falasse patavina de Tailandês isso não a desmoralizou.
Ela fez conversa por nós as duas, um monólogo asiático que percebi Zero.
Depois a veia de Toy falava mais alto, ela achava mesmo que sabia cantar, foram duas horas de mutilação auditiva que quero esquecer.
Enquanto massajava ia grunhindo e trauteando, foram minutos de calvário.
O conceito de silêncio durante uma massagem foi posto de parte na minha cabeça quando percebi depois dos 10 minutos iniciais que ela não se ia calar, e entendi que o conceito de silêncio durante uma massagem é tipícamente ocidental.
Para além do ruído todo, a massagista a meio da massagem teve de ir à casa de banho, e até aí tudo bem, uma pessoa quando tem de ir, tem de ir e vai, o pior foi mesmo quando a oiço fazer o xixizinho e não a ouvi a lavar as mãos, pois...
Outra coisa que lembro foi o facto de ficar besuntada de óleo, desde a raíz dos cabelos à pontinha dos pés.
Fiquei mesmo com a sensação de que tinha caído num bidão de óleo Johnson para bébés, fiquei portanto mais escorregadia que uma enguia.
Tudo não estava a correr bem quando ficou ainda pior, a senhora com um grande sorriso nos lábios resolve começar a massajar-me as mamocas.
Sim as mamas!
Nunca na minha vida pensei que teria uma mulher a massajar-me as ditas... ainda por cima aquela bruta montes a puxar ao rouxinol.
Acho mesmo que se fosse lésbica teria ficado incomodada com a situação.

Conheci na Tailândia o lado traumatizante de uma massagem, ao contrário de relaxar fiquei mais tensa que um perú em vésperas de Natal.
Foi uma experiência a não repetir... mas depois de reflectir decidi que não podia sair da Tailândia, um país tipicamente de massagistas com tão má impressão das massagens tailândesas, por isso enquanto esperava por mais um avião resolvi sujeitar-me a uma massagem aos pés, e essa sim correu muito bem, adorei!

Hoje acordei com uma vontade enorme de receber uma massagem.... shiatsu, reiki, drenagem linfática, reflexologia, massoterapia, tui-ná, o que fôr, hoje o que eu queria mesmo era estar num bom Spa a mimar-me, como hoje não dá mesmo já decidi que em breve irei estar assim pró estendido a relaxar numa qualquer marquesa lisboeta, em silêncio, num ambiente descontraído se possível com muitas velas.
Já desafiei algumas amigas e em princípio no próximo sáb lá estaremos a curtir o Zen na sua plenitude.

Um comentário:

Lara M. disse...

Olá, gostava de comentar a sua experiência na Tailândia. Apesar de ser o país das massagens é importante, como em qualquer país, verificar a qualidade do sítio onde nos tratamos. Afinal, seguramente concorda comigo, uma massagem é uma experiência íntima, por conseguinte, convém saber as mãos que vão manipular o nosso corpo. Não sei se procurava uma massagem terapêutica, se assim foi há duas escolas homologadas pelo Ministério da Educação e pelo da Saúde da Tailândia: Wat Po (Bangkok) e Old Medicine Hospital (Chiang Mai). qualquer terapeuta certificado por essa escola, será à partida, um bom terapeuta. Se, pelo contrário, procurava uma massagem com óleo ou de relaxamento, aí não sei como poderia fazer para garantir que teria uma boa massagem. Tenho uma opinião um pouco crua em relação a esse tipo de massagem, mas seguramente será defeito profissional. Se voltar à Tailândia, recomendo que se dirija mesmo ao templo Wat Po para marcar uma massagem. A experiência será do seu agrado. A questão é que lá não vai ter afagos para os sentidos como as velas, os cheiros, a música...