quarta-feira, novembro 05, 2008
O interessante fenômeno dos jornais gratuitos
São uma espécie de jornais informativos, falam da crise económica, ao mesmo tempo que debatem na página do lado a côr da cueca da Britney Spears (quando as tem...), falam do recurso cada vez maior aos créditos pelas famílias portuguesas, dos individamentos, mais abaixo anunciam formas fáceis de obter créditos e mais créditos...
Divagam sobre a nova namorada do Cristiano Ronaldo, e como o nosso CR7, de acordo com estes jornais, tem novas namoradas todos os dias, é assunto garantido 365 dias por ano.
Não sou grande fã deste tipo de jornais, o conteúdo das notícias é pobre, e na sua generalidade deixa muito a desejar;
Eu só penso nas árvores que foram deitadas abaixo, para que as rotativas os imprimam diáriamente, sem qualquer preocupação quanto ao ambiente.
Já houve um, ou outro, que na primeira página escreveu “Somos amigos do ambiente!” (em letras garrafais verdes )... ora meus amigos, imprimir a cores, N exemplares, não é ser amigo do ambiente. Cambada de chouriços!
Depois à boa maneira portuguesa, o facto de existirem N jornais deste tipo, GRATUITOS (palavra que para o português comum significa “pede quantos puderes porque básicamente não interessa o que é que estão a dar, é de BORLA!”) faz com que haja pessoas com resmas de exemplares acumulados em casa “não vá fazer falta, podem dar jeito um dia” .
Há também aquele Zé, que ainda não aprendeu a dizer que "Não, obrigado", e por isso qualquer papel que lhe estendam, o Zé aceita! Quando se vê livre dos tipos dos jornais gratuitos, vai deitá-los no lixo... muitas vezes e porque a consciência pesa, deixa-os assim dobradinhos em cima dos caixotes do lixo, não vá alguém passar e não ter tido oportunidade de ter sofrido uma placagem dos tipos dos jornais gratuitos e não ter nada para ler...
Este tipo de jornais tem o seu lado positivo, algumas pessoas já vão ganhando o hábito de ler qualquer coisinha, revolucionaram os pacotes de castanhas, tradicionalmente enroladas em folhas das páginas amarelas, agora em folhas do Global ou do Metro; eu como dona de um cão, devo confessar que estes jornais já me facilitarama vida quando o meu cão era ainda cachorrinho.
Era sempre ao forrar o chão da cozinha, que ficava a saber que a Flôr (Floribela) tinha um novo implante aqui e ali, da actualidade sabia que “Profes sem emprego procuram novas profissões”, José Castelo Branco lança disco, a moranga está grávida, o morago faz passagem de modelos, etc... ficava tão mais feliz ...
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Um comentário:
Lololol
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